quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Um poema à Crueldade

"A nota se parte, a dança se estende sobre uma nova música
E num compasso estranho ela o tirou para dançar
No fim da noite, restará uma cicatriz
O gosto amargo de seus doces lábios

Como fantasma, ela está ali
Um abutre que espera sua presa cair
Erga-o para novo abate
Esqueça a dança, esqueça a música

Ela volta, ela dança
Ela é branca e nunca se cansa
O cordeiro que rasga a pele do lobo
Delicado veneno mortal"


(29/02/2012)

Damas de Honra

"Pequena dama do vestido negro
Passeando por campos incertos
Descrevendo humildes pensamentos, vivendo
Leve embora lembranças, tormentos.

Pequena dama do vestido vermelho
Sete palmos sob o chão, o coração mais belo
Aprisionando em seus olhos sedutores a alma dos sinceros
Leva de mim o dom de amar

Pequena dama do vestido branco
Oculta no silêncio eterno
Guarda em meigos sorrisos a vida dos bons
Silencia-me"
(29/02/2012)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O Resgate de Nancy

Lendo meu tumblr (que sobreviveu por pouco tempo, prefiro mil vezes o blogspot...), resolvi trazer para cá uma das historinhas que postei nele. É bem curta, bem simples, mas gosto dela e espero que vocês gostem também.

"Eu era velha e morri. Não lembro dos meus amigos, dos meus pais, nem dos meus amores. Não lembro como estava, mas sei que sentia dores por todo corpo. Então morri. Tudo que lembro é meu nome.
-Nancy… - a luz sussurrava para mim.
Estava por todo lugar, seja lá que lugar fosse. Era simplesmente luz e não me ofuscava, quente e macia como num berço. Notei que não sentia meu corpo, mas ele voltou. Mãos, pés, sem dores. Olhei-me e estava vestida num véu branco, um corpo reto, saudável e pequeno. Devo ter uns 10 anos.
Antes que o vazio me assustasse, vi alguém se aproximar. Possuía cabelos castanhos, curtos e volumosos, levemente ondulados, muito parecidos com os meus - que eram apenas mais longos. Ele sorri, parece ter 17 anos, mas eu não sei… Como se ele não pudesse ter alguma “idade”. Vestia camiseta e calça frouxas e brancas. Estive com saudade dele, sei que o conheço há muito tempo, mas não lembro como ou quando. De repente lembranças vagas da vida, sorrisos e lágrimas, me atacam como uma flecha. Pulei em seus braços, chorando. Ele afagou meus cabelos e me pegou no colo. Eu fechei meus olhos e fiquei ali, quieta, enquanto ele me levava para um lugar feliz, onde as sombras jamais se aproximariam de mim novamente…
(Novembro de 2011)”

A Guerra dos Homens

"Ela grita, luta e mata
Guiada pelo fogo
Queimando em sua alma
Cega pelo sangue de mil corações

Rasgue e arranque
A glória e o orgulho
De homens em tanques
Em fezes de ratos

Em cinzas banham-se
De rosas falam
A beleza da Guerra
A dança do Ódio"
(23/02/2012)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Vivendo

"Tem dias que sorrio, choro, brinco
Dias que morro, dias que vivo
Semeando árvores de pensamentos
Cantando

Dias que descem e sobem, sem cessar
Dias que insistem em me lembrar
Palavras, feridas, sorrisos
Vivendo

Se o tempo passa e a Terra gira
Sou eu capaz de parar?

Se pessoas vêm e vão
Eu vou com elas"
(20/02/2012 - 18:30)

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Individual e coletivo; curiosidades humanas...

Não gosto de ter um grande problema em mente. Claro, ninguém gosta, mas o meu motivo é um tanto singular. Quando temos um grande problema, toda a nossa mente se volta para ele, tudo que pensamos e o que fazemos leva um pouco dele. Isso é horrível, porque prende os pensamentos para uma só direção. Prefiro muito mais estar livre deste tipo de situação para poder refletir sobre os vários problemas que nos cercam, um assunto é sempre mais interessante quando abrange várias pessoas. A não ser que eu consiga estender meus problemas sobre problemas de outras pessoas, porém já estaria esticando demais pensamentos que ficariam desconfortáveis aqui, existe um bom motivo para não conseguirmos escrever tudo o que pensamos...

O ser humano nasce como parte um todo. Cada coisa no universo, aliás, é parte de um todo, porque basta a mudança de um para afetar outro(s) mais cedo ou mais tarde. Existe uma cena muito interessante no filme "O Curioso Caso de Benjamin Button", onde o narrador-personagem nos mostra isso muito bem no atropelamento de uma amiga (sim, eu sei que tem em outro filmes, mas esse foi o último que vi, ok?). Engraçado que apesar de toda essa interdependência o ser humano ainda é naturalmente individualista, ou egoísta, se preferir. Tudo que nós fazemos de alguma forma será para proveito próprio ou pelo menos tem como ser. Nós não fazemos algo apenas por fazer, existe um motivo que possui uma conexão com nosso próprio bem-estar. Hm, talvez, como parte do todo que somos, ajudar outra pessoa ajudará a nós mesmos um dia e a outras pessoas, se somos um, como dito no início deste parágrafo. Neste ponto, a individualidade me parece muito sem sentido.

Para finalizar essa discussão estranha, quero falar de um livro de psicologia que tenho lido esses dias. Chama-se "Luzes e Trevas da Alma", de Ignace Lepp e busca o inconsciente da alma utilizando-se também de outros psicólogos famosos. No livro, "ego", o "eu" na parte consciente da alma de uma pessoa, é naturalmente individualista; enquanto o inconsciente, mais especificamente a área que chama de "inconsciente coletivo", está interligado entre todos os humanos, por mais diferentes que sejam, é uma área única e igual em todos. Desta maneira, torna-se separada na mente humana o individual e o coletivo que está presente dentro de cada um.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Para os amantes melosos cujo mundo acaba no fim de um relacionamento.

"O amor é um sentimento, não uma pessoa."
(06/02/2012)
Qualquer semelhança com Vinícius de Morais é pura coincidência. Ou não, adoro ele.

Sinopse dos sonhos

"Sonhos que insistem em me perseguir
Desejos incontroláveis
Por só mais um segundo
Para não acordar sozinha

Eu posso seguir no frio
Encontrar novos braços
Insaciável cansaço
Novas ilusões

Mas não quero
Eu quero o que tenho um pouco mais
Um sorriso, um abraço
Um meu."
(06/02/2012)

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Basta um sorriso...

Sabe aquela pessoa que te faz esquecer todos os seus problemas? Agarre-se a ela o máximo que conseguir, ela é seu refúgio. Não a deixe pela probabilidade de encontrar uma melhor, não sabe quanto tempo vai demorar, não sabe quanto tempo ainda tem. Aproveite!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Gravity - A Perfect Circle

Venho deixar mais uma música para vocês, já que não tenho escrito devido a alguns problemas pessoais. Acho que meu querido (e um tanto perturbado) Maynard consegue descrever muito bem uma sensação que tanto vivemos e não conseguimos explicar. Quando apenas queremos deixar a gravidade nos levar de volta para a vida.

Com vocês, Gravity:

"Lost again
Broken and weary
Unable to find my way
Tail in hand
Dizzy and clearly unable to just let this go

I am surrendering to the gravity and the unknown
Catch me, heal me, lift me back up to the sun
I choose to live..."