quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Mirror 1 - Reflexões rápidas

"Sentada no trono de espelhos, ela espera. Em seu reino de espinhos, o vento sopra. Onde ele a levará agora? Pouco resta de suas terras devastadas afinal, pouco além das cinzas que o fim dos mundos deixou para trás. Ela traga a Morte para dentro de si, suturando a ferida em seu orgulho. Fragmentos pontudos rasgam seus pulsos quando o ódio, trancafiado nos confins mais obscuros de seu peito, lhe obriga a apertar o vidro rachado, semicerrando os olhos encharcados, e seu sangue jorra no reflexo dantesco. Ela está em fúria, enfrentando pura e simples dor inimaginável. Por que não se parte de uma vez? Por que seu coração insiste em bater? O que há de errado?
A menina, garota, mulher, ergue-se e caminha por entre o jardim, perfurando seus pés a cada passo e deixando um rastro de si para trás. Nenhuma lágrima cai. Na imensidão não há vida ou esperança, nada que possa guiá-la. Ela não precisa, atingira seu objetivo de uma forma ou de outra, e o que tinha em mãos não era nada mais do que a promessa de um futuro, porém um futuro vazio. Um futuro vermelho, cinza e preto.
Há guerra por toda a parte, esta é a verdade. Guerras incessantes rasgando seu passado e seu presente, sua alma podre. As labaredas que nunca se apagam, devorando, consumindo, tudo que um dia ela fora ou que lhe pertencera. Tudo. Uma vida, uma morte. 

Contradizendo expectativas e possibilidades... a criança sente o desejo ardente de erguer seu sussurro num grito.
Não, sua pequena guerra pessoal ainda não chegou ao fim. Algo também a espera.

O vento outra vez ressoou num assobio musical. O som, entretanto, provinha dos lábios de Cedric, junto à porta do salão principal. Ele a fitava com um sorriso tímido, porém venenoso, o bastardo infiel...
- Tente não se perder, Irium... – Cedric deu meia volta e partiu para o corredor.
Ela esfrega os olhos, suspirando, e segue com ele arrastando seus pés, sonolenta. Em que estava pensando mesmo?"

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Uma Ilha

   "Havia uma menina, e seu tio a vendera, escrevia o senhor Ibis com sua caligrafia perfeita para uma placa de condecoração em cobre.
   Esta é a história; o resto é detalhe.
   Existem relatos que, se abrirmos nosso coração a eles, vão nos ferir muito profundamente. Olhe - aqui está um homem bom, bom de acordo com seu próprio ponto de vista e com o de seus amigos: é fiel e sincero para com a esposa, adora seus filhinhos e passa o maior tempo possível com eles, preocupa-se com seu país, faz seu trabalho pontualmente, da melhor maneira que pode. Então, com eficiência e boas intenções, extermina judeus: ele aprecia a música de fundo que toca para acalmá-los; adverte os judeus para que não esqueçam seus números de identificação quando vão para o banho - muitas pessoas, ele explica, esquecem seus números e pegam roupas erradas quando saem do banho. Isso acalma os judeus. Haverá vida, eles se asseguram, depois do banho. Nosso homem supervisiona os detalhes de levar os corpos até os fornos; e, se há alguma coisa que faz com que ele se sinta mal, é ainda permitir que a exterminação da gentalha com gás o afete. Se fosse um homem verdadeiramente bom, ele sabe, não sentiria nada além de alegria por ver a terra livre de suas pestes.
   Havia uma menina, e seu tio a vendera. Colocado assim, parece tão simples.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Os Pesadelos de Laerte

Mais uma vez trazendo uma personagem de Sandman até vocês!
Delírio é a irmã mais nova dos Perpétuos, porém aparenta saber mais do que o próprio Destino. Seres humanos podem visitar seu reino facilmente, mas não o compreendem, por ser um emaranhado de cores e formas estranhas em mudança constante. Sua aparência também é variada, preferindo quase sempre uma criança de no máximo 14 anos com cabelos alaranjados, entretanto possui sempre olhos dispares, um azul e outro verde, pelos quais vê o mundo de maneiras diferentes. Também é muito apegada a seu irmão Destruição, do qual recebe um guardião, o cachorro Barnabás.
A personalidade de Delírio também é instável e facilmente abalada, e ela não consegue se concentrar por muito tempo numa só coisa. Quando o faz, sente dor.
Delírio um dia foi Deleite e só ela mesma sabe o por quê mudou. Dizem que no futuro mudará outra vez.
Para quem quiser conhecê-la - de preferência não pessoalmente - recomendo a hq Sandman. O texto abaixo é de minha autoria, inspirada na personagem e baseada num cenário criado por um amigo meu. Espero continuá-lo em breve.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Devaneios de uma escritora

"Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Certo, referente a matéria é uma ideia bem fácil de se compreender. Mas vamos esquecê-la por enquanto, pois a linha de pensamentos com a qual escrevo estas palavras não está ligada a questões puramente físicas. Aliás, nenhuma das minhas linhas de pensamento é assim.

Dizem que tudo chega ao fim. A morte para a vida, até o desgaste do que não é vivo, o tempo para lembranças ou sentimentos. Um ponto de vista muito fatídico e cruel que só desanima a fazer qualquer coisa que seja. Ponto de vista? Eu considero assim, pode ser analisado de outras formas... Esta eu não suporto. Se é verdade, talvez seja, o que não torna menor meu desagrado. Saber é diferente de aceitar.
Revirei minha cabeça sobre isso de fim diversas vezes, optando em muitas delas por ignorar tais pensamentos, em prol do meu bem-estar. Uma hora ou outra, porém, sempre vinha exigir espaço. Recolhi meia dúzia de livros e fui me distrair. No meio de alguns trechos, desviava-me sem querer.
Talvez você, um leitor atento,perceba que não raro nos pegamos tão presos à leitura que damos a ela vida própria em nossa mente. As palavras furtivamente voam do papel para o fundo de nossos pensamentos e criam novas ideias, antes mesmo que percebamos as intrusas. Esta é, sem dúvida, a maior magia da leitura e da escrita: unir numa só linha de pensamentos as ideias de quem escreve e quem lê.
Desta forma, talvez não seja tanta insanidade minha pensar que cada escritor - morto ou vivo - tem um pedaço de si depositado naquele que lê sua obra. É algo parecido, eu acho, com a polinização. O papel serve então como o vento ou as borboletas, até encontrar uma nova mente para reproduzir as ideias. Ideias podem ser imortais, e elas não deixam de ser parte de quem as gerou, uma espécie de imortalidade para eles também.


Parece-me um bom legado para deixar no mundo, não?

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Mal Secreto, de Raimundo Correia


"Se a cólera que espuma, a dor que mora
N'alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;

Se se pudesse o espírito que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!

Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!

Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!"




terça-feira, 31 de julho de 2012

Quadrinhos Psicóticos

"Na minha mesa, uma foto velha qualquer. Eu não tenho bem certeza qual de nós é real. Talvez eu seja apenas uma lembrança na mente de outra pessoa, uma cadeia de pensamentos que me deixa confuso e desorientado, algo na minha mente se move, se reogarniza.
Logo eu percebo...
... não tem nada a ver com idade."


Autor: Bruno Marafigo

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Um Breve Fim

Morte é uma personagem da editora Vertigo, uma divisão da DC Comics criada por Neil GaimanÉ a segunda irmã mais velha dos Perpétuos (sendo mais nova somente do que Destino). Morte se encontra com cada mortal duas vezes em sua vida: no nascimento, e na morte. Ela está fadada a ser o último ser a existir. Na tradução da edição especial Pequenos Perpétuos ela também é chamada de Desencarnação.
Morte parece sempre ser o perpétuo mais otimista e bem humorado (exceto por Destruição e Desejo, talvez) ao contrário de seu irmão mais novo, Sonho, sempre mórbido e melancólico. Ela sempre se veste com roupas góticas e carrega um colar na forma de Ankh, ironicamente o símbolo egípcio da vida. Tem cabelos negros, e pele muito pálida (essa última é característica comum a todos os da família).
Para quem quiser conhecê-la - de preferência não pessoalmente - recomendo a hq Sandman ou suas próprias revistas. O texto abaixo é de minha própria autoria, inspirada na personagem.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Contos aleatórios

Passei muito tempo sem escrever nada, como vocês podem notar pela frequência de posts. Muitas coisas acontecendo, muitos problemas, férias bem agitadas. Ontem, no entanto, decidi me obrigar a rabiscar algo no caderno. Primeiro pensei em escrever pensamentos, mas eles acabaram criando forma de uma narração, como num livrinho infantil e psicodélico cheio de significados ocultos. Como podem ver, está meio incompleto, mas como não faço a menor ideia de quando vou terminar, resolvi compartilhar logo.

"Era uma criança abandonada, um pequeno mundo sem rumo.
Seus habitantes: suas máscaras, responsáveis pelos pedaços de si.
Seus companheiros: mortos ou expulsos pelos monstros de seus erros.

Não sabia viver, não sabia cuidar.
Talvez não quisesse aprender a língua injusta dos homens.

Queria ter um lugar para onde pudesse voltar, um lugar só dela, onde seus pensamentos navegassem em paz.

Mas havia uma tempestade em sua pequena cabeça.
Trovões e relâmpagos intrusos, jogando-a contra pedras em ilhas incertas.
Roubando-a de si na menor oportunidade."

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Heaven's Dead - Audioslave

"Anchor the night, open the sky
Hide in the hours before sunrise
Pray for me not, I won't lose sight
Of where I belong and where you lie..."

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Uma mensagem pessoal

No silêncio estão guardadas as mais poderosas palavras. 
As minhas, por exemplo, se diluem e formam ações, muitas vezes pequenas.
Poucos conseguem enxergar o quanto são importantes, porém estes poucos são aqueles que realmente as merecem, aqueles que realmente conseguem me ouvir.


domingo, 20 de maio de 2012

De volta a Damian (e às narrações) - Moria

Olá, meus leitores. Er... sinto muito pela ausência de textos, tempos ruins me perseguem, muitas coisas têm acontecido por aqui e me afastando dos lápis e dos cadernos, lotando minha cabeça de pensamentos que nunca consigo escrever. Tenho muitas histórias atrasadas, contos incompletos (o que não é exatamente uma novidade). Mas, vamos lá, estou fazendo o máximo possível para conseguir alguma coisa digna deste blog.
Bem, estou tentando construir uma cena onde alguns importantes personagens meus se encontram em Damian, minha "cidade oficial". Aqui vai uma pequena amostra (lembrando que provavelmente será alterada quando/se eu colocar a versão completa).

domingo, 29 de abril de 2012

Pensamentos de uma noite qualquer...

Eu era (e ainda sou) minha protagonista no teatro da vida. Com a sutil diferença que, nesse "era" eu não era exatamente personagem, mas sim uma atriz. Eu me erguia de manhã e uma densa mistura de cenas e regras de encenação construíam meu script, ditando como eu devia desempenhar meu papel, dando-me então uma personagem para ser, invés de tornar-me uma. Todos somos atores e atrizes, porém não sei qual a porcentagem dos que se tornam personagens e os que apenas representam. Bem, voltemos a mim, porque houve um momento que deixei de representar.

Não existem mudanças súbitas, é necessário um impulso do mundo externo e uma complexa reestruturação interna. A análise foi meu fator principal, enquanto eu procurava perguntas nas respostas. Quando eu não encontrava respostas para essas perguntas, eu voltava as respostas que lhe originaram e descobria uma ambiguidade. Eu sei, parece um monte de informações jogadas ao vento.

Nós somos seres tão complexos que esquecemos o poder da simplicidade.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Ausência²

E então... Passei uma semana sem internet ou celular por motivos de força maior e acabei não escrevendo a continuação da história dos caçadores. Sinto muito. Eu não escrevi absolutamente nada, fiquei sem música também e, mesmo que ainda tivesse lápis e cadernos, faltou-me inspiração. Esse fim de semana também tenho uns assuntos pendentes a tratar agora que voltei, não sei se poderei escrever. Qualquer coisa, posto aqui e, mais uma vez, paciência!

sábado, 7 de abril de 2012

Um encontro de irmãos - II

(Antes)


"Os dois entraram numa loja de conveniência de um posto de gasolina não muito longe dali. O homem velho próximo a uma das bombas olhou para eles com uma cara feia e entrou junto, indo atendê-los atrás do balcão. Cramer impressionou-se quando Lucy disse ter mantido a promessa de nunca beber e comprou uma cerveja só para si. Deu uns trocados a mais para que o velho não os incomodasse. Eles se encostaram um ao lado do outro na parede lá fora, admirando o céu poluído e suas poucas estrelas, como sempre gostaram de fazer.
- Muitas vezes eu tentei acreditar que te veria de novo. – confessou a pequena, olhando-o de relance a tomar um gole. – Achei até que havia morrido.
- Quase morri, muitas vezes. Achei que você seguiria outro rumo, longe dessas coisas.
Um curto silêncio dominou o espaço entre o casal. Por um instante ela pensou que ele estivesse brincando, subestimando-a. Porém Cramer estava sério, ele se preocupou. Era ela quem mesmo agora mal via os perigos do caminho que escolhera trilhar.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Um encontro de irmãos

Finalmente trago um texto... quase completo para vocês. Agradecimento especial ao Helton Matiazi pela colaboração, e espero que gostem!

"Ele acariciou o rosto dela. Armas famintas acariciavam a pele fria dos dois amantes que se envolviam em um abraço delicado, ela, apontando para baixo do pulmão dele, e ele, segurando a glock no pequenino ouvido esquerdo de sua pupila. Além disso, é claro, existiam também meigos sorrisos, infestados de segundas intenções junto de olhares vorazes. O casal mataria literalmente a saudade.
- Ficaremos aqui para sempre. – ela formou um biquinho brincalhão.
Ele sorriu e inclinou o rosto para frente, beijando com suavidade seus lábios macios. Ela puxou a arma apontada para sua cabeça e o homem a soltou sem se importar, mas fazendo o mesmo com a que a garota segurava. Ambos deixaram-nas caírem no chão.
- Espertinha... – ele sussurrou, fitando-a com os olhos semicerrados.
Cramer e Lucy se abraçaram, esmagando no encontro dos corpos a distância cultivada por tantos anos. Mestre e aprendiz agora eram iguais pelos becos da noite, como assassinos de aluguel da mais perigosa sociedade: os bastidores do mundo humano...

terça-feira, 3 de abril de 2012

The Hollow - A Perfect Circle

"Run desire, run devour
Run desire, run devour

Screaming feed me here
Fill me up again
Temporarily pacifying

Run devour, run desire
Move and conquer, run devour

Screaming feed me here
Fill me up again
Temporarily pacify this hungering

'Cause it's time to bring the fire down
Bridle all this indiscretion
Long enough to edify
And permanently fill this hollow..."

sexta-feira, 30 de março de 2012

Ausência

Gostaria de pedir desculpas pela falta de posts. Mesmo após o término das provas, acabei me entretendo em ocupações que só me deixam escrever pedaços de histórias, pedaços que espero concluir para poder postá-los aqui.
Esses dias eu tenho jogado pokemons de DS, treinado no teclado e relido os livros do rpg Vampiro: A Máscara para novas inspirações em jogos (e consequentemente para o blog). Agora mesmo pretendo terminar de ler pela segunda vez o Drácula de Bram Stoker, que ganhei de presente. Depois disto, devo finalmente voltar a escrever.
Lembrem-se que não abandonei vocês, estou apenas me aprimorando! Ainda assim, farei o possível para postar sempre que puder.

Grata pela paciência.

Trechinhos

"Não me chame para falar de amor
Porque em nós faltarão palavras
No céu faltarão estrelas
E em mim faltará uma verdade que há muito se perdeu..."

Nesse clima romântico ameno, trago um pequeno trecho de uma ideia que tive há vários dias, mas que acabou esquecida por... motivos de força maior.

"- Sabe por quê eu te odeio? - ela perguntou, com um olhar num passado invisível que ele conhecia muito bem - Porque eu um dia te amei.

Sem ter mais o que dizer, ambos fitaram o horizonte marítimo. Ele não queria mais ferir ou ser ferido por ela e ela não queria mais ferir ou ser ferida por ele, apesar das feridas serem parte do único laço que os restou. 

- Então... esse é o fim? - ele tomou coragem para encará-la enquanto possuía forças e esperou uma resposta sincera.

Ela sorriu e o abraçou bem forte, como se os dois fossem se desfazer em grãos de areia levados pelo vento.

- Não... nunca acaba."

quinta-feira, 22 de março de 2012

Doces Sonhos Venenosos

"Tudo que me resta, a rosa e o pranto
A flor do desencanto em jardins de sonhos bons
Me tiraram para um mundo estranho
Eu mudo, eu fujo, eu espero a vida chegar

E caio novamente nos meus próprios mundos
Onde com beijos mudos te faço dormir...
Que cruel violência, esta de acordar
Se meu coração cansado fica para trás

Mas voltarei, e repetirei na mesma dose
Tal veneno e vício recheado de ilusões
Porque se acordada não te tenho
Ao menos ainda posso sonhar."
(22/03/2012)

terça-feira, 20 de março de 2012

Um Disparo Certeiro

Este é o pequeno conto que fiz com base no prelúdio de uma personagem que já postei aqui antes. Existe muita coisa por baixo dessas simples palavras e destas meras criações. Espero que gostem!

"A tensão se estabelecia em seu corpo, ela se concentrava em seu dever para manter a mira. Já fizera aquilo dezenas de vezes. Toma fôlego, como se esse seu último sopro de ar antes do clímax fosse também o dele.

E atira.

O corpo recebe o impacto e tomba ao chão.

domingo, 18 de março de 2012

Um poema para a Noite

"Na névoa do anoitecer
As presenças da noite se aproximam...
Em sombras de vento
Em risadas ecoando entre os braços das árvores

A morte espalha o seu cheiro no ar,
E gritos;
Gritos invadem as minhas veias...
Eu, um ser frio que vive do sangue para o sangue,
Que vive da dor para a dor...

Um monstro sou;
Um monstro que chora a perda da vida
E vive do inevitável,
Por não ser a dor que causo
Nem o prazer que crio.

sexta-feira, 16 de março de 2012

As Cinzas da Neve e Lágrimas no Vazio

Eu peço desculpas pela falta de posts, estou sem tempo para escrever, muitas provas e trabalhos escolares. Mas, para não deixá-los de mãos vazias, deixo aqui dois textos curtos que fiz nas poucas horas vagas e que provavelmente devem ser terminados e repostados mais tarde. O primeiro se trata de uma antiga e poderosa personagem vampírica, guardada em meus pensamentos, e o segundo é sobre minha querida Adele - sim, ainda escrevo textos para ela.

"As Cinzas da Neve

Ela deixou o corpo tombar para frente, encolhida no chão. Estava exausta e enojada da vida, da podridão daquele padrão comportamental que se seguia por anos e anos igual. O que devia ser uma terapia tornou-se tortura. Acariciando o carpete vermelho, encontrou-se em meio aos bailes dos Sangue Azul. Mas não havia mais bailes para ela, nada de música ou dança ou sorrisos. Tudo que tinha eram a neve, o frio e o cinza que lhe acompanhava no novo nome para substituir o já esquecido: Gray.

quinta-feira, 8 de março de 2012

A Fuga das Palavras

"Aqui ela está
Ali ela parte
E brinca, e brinca
E corre sem cessar

Palavras danadas
Fugindo das mãos
Em olhos de mel
Lançando-me na solidão"
(?/03/2012)

A Chuva

Eu gosto de admirar um clima frio, nublado e chuvoso. Não, isso não tem a menor relação com um comportamento pessimista da minha parte, muito pelo contrário. A chuva lava as feridas das cidades e de seus habitantes, ela acalma nossos corações e traz uma sensação de tranquilidade – muitas vezes associada à preguiça. Torna-nos mais pacientes também, com certa estabilidade emocional. E o desejo de estar perto de quem gostamos. A música das gotas atingindo o chão, os respingos fujões que às vezes nos atingem, são detalhes maravilhosos que só ela é capaz de proporcionar.

Bem, também tem seus contras: fica um tanto complicado sair de casa e a preguiça impera. Nada é perfeito. E mesmo assim eu me apaixonei pela chuva.

sábado, 3 de março de 2012

Cuidado!

"Uma mente que começa a se desprender da sociedade abraçará vorazmente os apoios que encontrar, com medo de cair no abismo. Não tenha pressa, aos poucos aprendemos a voar..."

Aprendi com o Vendedor de Sonhos, de Augusto Cury, sabe-se lá como. Quem sabe um dia ainda escrevo sobre esta maravilhosíssima saga de livros aqui.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Sorrisos

Durante esta tarde, comecei a escrever um texto que, a princípio, devia ser pequeno e feliz, alguns pensamentos meus na mente de uma personagem sem nome. Aos poucos, tais pensamentos tomaram novas proporções e a narração foi seguindo e... bem, aqui está.

"Na mesa da pequena cafeteria, ela observava o movimento da metrópole. Gostava de ver os jovens agitados, rindo em pequenos bandos ou casais bêbados em endorfina. Mas não queria ser um deles. Era bem melhor apenas observá-los.

- Com licença, o que vai querer? – um rapaz de sorriso meigo veio atendê-la.

- Ah, er... – ela fitou o cardápio sobre a mesa, não tinha pensado nisso – Bem, pode me trazer o café mais simples que tiver? – e sorriu um pouco constrangida.

No fundo, não queria beber ou comer nada. O rapaz deu outro sorriso, guardando a caderneta sem nada anotar, e voltou para dentro. Por um instante ela imaginou que talvez ele pudesse entendê-la.

As pessoas continuavam andando de um lado para outro, pela calçada do outro lado da rua, e outras poucas contornavam as mesas da cafeteria, porém ela apenas pensava nele, triste por não ter lhe dado muita atenção. Era alto, certo? Seu cabelo loiro e molhado, e os olhos castanhos emanavam a esperança de um sonhador. Em seus lábios finos estava um sorriso sincero e gentil, e sua pele era bem clara, característica que dava um aspecto ainda mais angélico. O rapaz lembrava-lhe alguma coisa perdida dentro do peito, uma palavra que seu coração esquecera e que agora lhe fazia estar exatamente onde estava, pensando no que pensava, divagando sobre muito além de um simples garoto.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Um poema à Crueldade

"A nota se parte, a dança se estende sobre uma nova música
E num compasso estranho ela o tirou para dançar
No fim da noite, restará uma cicatriz
O gosto amargo de seus doces lábios

Como fantasma, ela está ali
Um abutre que espera sua presa cair
Erga-o para novo abate
Esqueça a dança, esqueça a música

Ela volta, ela dança
Ela é branca e nunca se cansa
O cordeiro que rasga a pele do lobo
Delicado veneno mortal"


(29/02/2012)

Damas de Honra

"Pequena dama do vestido negro
Passeando por campos incertos
Descrevendo humildes pensamentos, vivendo
Leve embora lembranças, tormentos.

Pequena dama do vestido vermelho
Sete palmos sob o chão, o coração mais belo
Aprisionando em seus olhos sedutores a alma dos sinceros
Leva de mim o dom de amar

Pequena dama do vestido branco
Oculta no silêncio eterno
Guarda em meigos sorrisos a vida dos bons
Silencia-me"
(29/02/2012)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O Resgate de Nancy

Lendo meu tumblr (que sobreviveu por pouco tempo, prefiro mil vezes o blogspot...), resolvi trazer para cá uma das historinhas que postei nele. É bem curta, bem simples, mas gosto dela e espero que vocês gostem também.

"Eu era velha e morri. Não lembro dos meus amigos, dos meus pais, nem dos meus amores. Não lembro como estava, mas sei que sentia dores por todo corpo. Então morri. Tudo que lembro é meu nome.
-Nancy… - a luz sussurrava para mim.
Estava por todo lugar, seja lá que lugar fosse. Era simplesmente luz e não me ofuscava, quente e macia como num berço. Notei que não sentia meu corpo, mas ele voltou. Mãos, pés, sem dores. Olhei-me e estava vestida num véu branco, um corpo reto, saudável e pequeno. Devo ter uns 10 anos.
Antes que o vazio me assustasse, vi alguém se aproximar. Possuía cabelos castanhos, curtos e volumosos, levemente ondulados, muito parecidos com os meus - que eram apenas mais longos. Ele sorri, parece ter 17 anos, mas eu não sei… Como se ele não pudesse ter alguma “idade”. Vestia camiseta e calça frouxas e brancas. Estive com saudade dele, sei que o conheço há muito tempo, mas não lembro como ou quando. De repente lembranças vagas da vida, sorrisos e lágrimas, me atacam como uma flecha. Pulei em seus braços, chorando. Ele afagou meus cabelos e me pegou no colo. Eu fechei meus olhos e fiquei ali, quieta, enquanto ele me levava para um lugar feliz, onde as sombras jamais se aproximariam de mim novamente…
(Novembro de 2011)”

A Guerra dos Homens

"Ela grita, luta e mata
Guiada pelo fogo
Queimando em sua alma
Cega pelo sangue de mil corações

Rasgue e arranque
A glória e o orgulho
De homens em tanques
Em fezes de ratos

Em cinzas banham-se
De rosas falam
A beleza da Guerra
A dança do Ódio"
(23/02/2012)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Vivendo

"Tem dias que sorrio, choro, brinco
Dias que morro, dias que vivo
Semeando árvores de pensamentos
Cantando

Dias que descem e sobem, sem cessar
Dias que insistem em me lembrar
Palavras, feridas, sorrisos
Vivendo

Se o tempo passa e a Terra gira
Sou eu capaz de parar?

Se pessoas vêm e vão
Eu vou com elas"
(20/02/2012 - 18:30)

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Individual e coletivo; curiosidades humanas...

Não gosto de ter um grande problema em mente. Claro, ninguém gosta, mas o meu motivo é um tanto singular. Quando temos um grande problema, toda a nossa mente se volta para ele, tudo que pensamos e o que fazemos leva um pouco dele. Isso é horrível, porque prende os pensamentos para uma só direção. Prefiro muito mais estar livre deste tipo de situação para poder refletir sobre os vários problemas que nos cercam, um assunto é sempre mais interessante quando abrange várias pessoas. A não ser que eu consiga estender meus problemas sobre problemas de outras pessoas, porém já estaria esticando demais pensamentos que ficariam desconfortáveis aqui, existe um bom motivo para não conseguirmos escrever tudo o que pensamos...

O ser humano nasce como parte um todo. Cada coisa no universo, aliás, é parte de um todo, porque basta a mudança de um para afetar outro(s) mais cedo ou mais tarde. Existe uma cena muito interessante no filme "O Curioso Caso de Benjamin Button", onde o narrador-personagem nos mostra isso muito bem no atropelamento de uma amiga (sim, eu sei que tem em outro filmes, mas esse foi o último que vi, ok?). Engraçado que apesar de toda essa interdependência o ser humano ainda é naturalmente individualista, ou egoísta, se preferir. Tudo que nós fazemos de alguma forma será para proveito próprio ou pelo menos tem como ser. Nós não fazemos algo apenas por fazer, existe um motivo que possui uma conexão com nosso próprio bem-estar. Hm, talvez, como parte do todo que somos, ajudar outra pessoa ajudará a nós mesmos um dia e a outras pessoas, se somos um, como dito no início deste parágrafo. Neste ponto, a individualidade me parece muito sem sentido.

Para finalizar essa discussão estranha, quero falar de um livro de psicologia que tenho lido esses dias. Chama-se "Luzes e Trevas da Alma", de Ignace Lepp e busca o inconsciente da alma utilizando-se também de outros psicólogos famosos. No livro, "ego", o "eu" na parte consciente da alma de uma pessoa, é naturalmente individualista; enquanto o inconsciente, mais especificamente a área que chama de "inconsciente coletivo", está interligado entre todos os humanos, por mais diferentes que sejam, é uma área única e igual em todos. Desta maneira, torna-se separada na mente humana o individual e o coletivo que está presente dentro de cada um.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Para os amantes melosos cujo mundo acaba no fim de um relacionamento.

"O amor é um sentimento, não uma pessoa."
(06/02/2012)
Qualquer semelhança com Vinícius de Morais é pura coincidência. Ou não, adoro ele.

Sinopse dos sonhos

"Sonhos que insistem em me perseguir
Desejos incontroláveis
Por só mais um segundo
Para não acordar sozinha

Eu posso seguir no frio
Encontrar novos braços
Insaciável cansaço
Novas ilusões

Mas não quero
Eu quero o que tenho um pouco mais
Um sorriso, um abraço
Um meu."
(06/02/2012)

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Basta um sorriso...

Sabe aquela pessoa que te faz esquecer todos os seus problemas? Agarre-se a ela o máximo que conseguir, ela é seu refúgio. Não a deixe pela probabilidade de encontrar uma melhor, não sabe quanto tempo vai demorar, não sabe quanto tempo ainda tem. Aproveite!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Gravity - A Perfect Circle

Venho deixar mais uma música para vocês, já que não tenho escrito devido a alguns problemas pessoais. Acho que meu querido (e um tanto perturbado) Maynard consegue descrever muito bem uma sensação que tanto vivemos e não conseguimos explicar. Quando apenas queremos deixar a gravidade nos levar de volta para a vida.

Com vocês, Gravity:

"Lost again
Broken and weary
Unable to find my way
Tail in hand
Dizzy and clearly unable to just let this go

I am surrendering to the gravity and the unknown
Catch me, heal me, lift me back up to the sun
I choose to live..."

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O Amor dos Mortos (projeto agora nas mãos de Helton Matiazi)

Trago uma novidade maravilhosa para vocês! Meu querido Helton Matiazi e eu estamos escrevendo um romance entre um vampiro e uma mortal, tendo como objetivo recuperar a verdadeira face de um amor vampírico - que vem sendo deturpada por historinhas de adolescentes carentes pela utopia de amores perfeitos (lê-se Crepúsculo, Vampire Knight, etc. - nada contra quem gosta, mas talvez possam aprender alguma coisa).
A narrativa se passa na Idade Média e terá como base o sistema de Vampiro A Máscara. Para aqueles que não o conhecem, não tem problema algum, pois podem aprender o necessário com a própria garota de nossa história.
Helton desenvolverá o vampiro e eu a mortal - óbvio. Todos os dias nós discutimos vários detalhes e cenas, espero mesmo que consigamos escrever tudo que temos em mente. O vampiro vocês conheceram a partir do texto abaixo; a garota possui apenas 14 anos e encontra-se de cara com um destino cruel imposto pela sociedade medieval.

Então, aqui está o "prelúdio" de nossos dois personagens. Espero que gostem!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Um passo

"O tempo chama os que vivem nele
A vida sopra todos nós para frente
Lá fora espera o destino incerto
Em nós, a força de um novo ser

Para frente seguimos
Em busca do melhor
Para trás deixamos
Tudo que nos fez

Renova-se gotas de pensamentos
Um novo olhar"
(16/01/2012)

sábado, 14 de janeiro de 2012

Aviso

Para aqueles que possuem o costume de visitar o blog, quero avisar que a falta de novos posts se deve à história de Lilian que eu resolvi terminar de escrever por completo. O conto está na quinta página e ainda deve faltar umas três, tudo que eu escrevo faz parte dele, então peço a compreensão e paciência de vocês, para que eu possa estar postando-o aqui o mais rápido possível.

Obrigada!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Uma Coletora de Fragmentos

Um trecho agora da história de uma de minhas Malkavianas. A mais boazinha, se me permitem dizer. Minha pequena Lilian foi adotada por uma Toreador e um Malkavian quando ainda era uma jovem humana, sendo criada por eles e o carniçal Erick até os 21 anos, quando foi finalmente abraçada.

"A loucura é só uma pequena consequência para quem sabe mais do que deve saber.

 Alguns dizem que não vale a pena, que torna o conhecimento inútil. Não é bem assim, eu acho. As coisas que consigo tirar dele são muito úteis, compreensíveis ou não. Para mim.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Antes da visão do inferno

Hoje pela manhã comecei a escrever uma história separada do projeto que postei aqui ontem. Então me veio a ideia de uni-los e mais ideias apareceram, é assim que nascem meus livros - e ironicamente nunca morrem, ficam no computador esperando serem desenvolvidos. Como está escrito no título, são acontecimentos anteriores àqueles pesadelos. Resolvi postar tudo o que escrevi desta nova parte até agora, espero que gostem.


"Quantas noites sem dormir? Ela perdeu a conta. O mau-humor explodia sua cabeça dentro do capacete, via tudo e todos com desprezo de mil reis. E o sol escaldante lhe perseguindo lá em cima era agora seu maior inimigo, a ventania provocada pela velocidade da moto era o bafo dele tentando matá-la. Estava exausta e furiosa, contando cada segundo que demorava para chegar a seu destino. Lucy tinha mais o que fazer do que enfrentar uma estrela gigante. Algo muito mais interessante lhe chamava na Cidade Morta. Era quase palpável o desejo de voltar para lá, mesmo tendo fugido, mesmo tendo amaldiçoado tudo que deixara para trás tantas vezes quanto a memória podia contar. Sim, alguém gritava na sua cabeça para que voltasse e este alguém era seu verdadeiro alvo, um ser estúpido que queria lhe ver entre seus irmãos e inimigos, entre suas lembranças. Ele veria, sentiria em sua pele como uma faca afiada. Ou nas balas de seus revólveres, ou com o punho dela em sua cara.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Uma visão do inferno

Ofereço para vocês um curto episódio que acaba de preencher os papéis de um dos meus cadernos. Ele está na abertura do meu principal projeto que recebeu o nome provisório de "Memórias de Manakel". Para quem não sabe, o livro em questão retrataria a vida do anjo renegado Manakel que teme tornar-se um demônio, o destino de todos os caídos.

 "Londres; na madrugada gelada de uma quarta-feira qualquer; entre o meu tempo e o seu.

 Havia uma ruiva em sua frente. Uma maldita ruiva que conhecia tão bem. Estava sorrindo, tão animada quanto uma criança ao ganhar um novo brinquedo. Seus olhos verdes como duas esmeraldas frias brilhavam. Bastou um toque dela e a garota começou a cair num abismo infinito, onde inúmeros braços apodrecidos saiam das paredes para rasgar sua carne a arrancar-lhe pedaços, famintos por vida. Eles lhe seguravam e puxavam. Gemidos de dor ecoavam por todo lado junto com o cheiro fétido de carniça. Ela não podia se mexer. Um par de braços lhe abraçou, prendendo-a contra o paredão, e ela pode ver a paisagem à frente: uma cidade de ruínas negras por onde milhares de condenados eram chicoteados enquanto se dirigiam para uma torre que se erguia além do céu vermelho. Antes que ela visualizasse melhor aquele mundo de dor, os braços puxaram-na com mais força. A garota agora podia se mexer, mas de nada adiantava, pois quanto mais tentava se libertar, mais os braços lhe puxavam e seu corpo era engolido pelo muro. Outros braços cobriram seus olhos e sua boca, trazendo-a de uma só vez para dentro deles.

 O breu total deu lugar a um painel branco manchado, que ela demorou vários segundos fitando antes de reconhecer como parte da parede de seu próprio quarto. Esquecera como mexer os braços e as pernas, sentia-se tão morta quanto no sonho. Porém não podia ficar ali para sempre. Finalmente o corpo lhe respondeu e o tronco se inclinou para frente. Tudo agora doía. Ela deslizou uma das mãos pelo rosto e o cabelo assanhado. Olhou em volta: era apenas seu quarto, iluminado superficialmente pelos fracos raios de um sol que não nasceu. Ela pôs o cobertor em sua volta, o calor do sonho dera lugar ao frio de uma madrugada vazia..."

Tributo à Noiva Cadáver [2/2]

“Com esta mão espantarei as suas tristezas;
Sua taça jamais ficará vazia, pois eu serei o seu vinho;
Com esta vela iluminarei o seu caminho na escuridão;
E com esta aliança eu lhe peço que seja minha.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Tributo à Noiva Cadáver [1/2]

"Quando toco a vela acesa falta seu calor
Se me corto com uma faca não há dor
É verdade que ela vive e que a morte em mim está
Mas não deixo de sofrer
Não demora vai se ver
No meu rosto alguma lágrima rolar

[...]

Quando toco a vela acesa eu não sinto dor
Tanto faz se estou no frio ou no calor
O meu coração não bate, mas ainda assim se parte
E não deixa de sofrer, recusando se render
A morte em mim está
Mas ainda tenho lágrimas pra dar"
(Emily, A Noiva Cadáver)

A Verdade

"Qualquer um pode falar qualquer coisa e nada pode me garantir ser verdade, além da minha própria crença."
(02/01/2012)

Além do Horizonte

"Estende-se no céu um universo de canções
No chão a esperança me corrói
Um horizonte ingênuo, distante
Poderia ir além

Uma mancha no paraíso
Um anjo de asas negras não me deixa ver

Cicatrizes antigas
Teimosas, de outras vidas
Nos tornam tão distantes..."
(02/01/2012)

domingo, 1 de janeiro de 2012

Feliz Ano Novo (continuação, agora sim é ano novo!)





Hoje um ciclo recomeça, acordamos prontos para mudar e melhorar, de cabeça erguida em direção aos nosso objetivos. Os amigos que ficaram nos darão forças, os amigos que se foram estão guardados em nossa memória. Mais uma vez estamos seguindo nossa estrada e saltando qualquer pedra que aparecer. Somos assim vitoriosos, desbravadores do futuro, descobrindo todo segundo o que é a vida para cada um de nós. Busque força em si mesmo, arrisque, viva e seja feliz! É tudo que desejo para todos.
Feliz ano novo, meus companheiros!