Eu era (e ainda sou) minha protagonista no teatro da vida. Com a sutil diferença que, nesse "era" eu não era exatamente personagem, mas sim uma atriz. Eu me erguia de manhã e uma densa mistura de cenas e regras de encenação construíam meu script, ditando como eu devia desempenhar meu papel, dando-me então uma personagem para ser, invés de tornar-me uma. Todos somos atores e atrizes, porém não sei qual a porcentagem dos que se tornam personagens e os que apenas representam. Bem, voltemos a mim, porque houve um momento que deixei de representar.
Não existem mudanças súbitas, é necessário um impulso do mundo externo e uma complexa reestruturação interna. A análise foi meu fator principal, enquanto eu procurava perguntas nas respostas. Quando eu não encontrava respostas para essas perguntas, eu voltava as respostas que lhe originaram e descobria uma ambiguidade. Eu sei, parece um monte de informações jogadas ao vento.
Nós somos seres tão complexos que esquecemos o poder da simplicidade.
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