Passei muito tempo sem escrever nada, como vocês podem notar pela frequência de posts. Muitas coisas acontecendo, muitos problemas, férias bem agitadas. Ontem, no entanto, decidi me obrigar a rabiscar algo no caderno. Primeiro pensei em escrever pensamentos, mas eles acabaram criando forma de uma narração, como num livrinho infantil e psicodélico cheio de significados ocultos. Como podem ver, está meio incompleto, mas como não faço a menor ideia de quando vou terminar, resolvi compartilhar logo.
"Era uma criança abandonada, um pequeno mundo sem rumo.
Seus habitantes: suas máscaras, responsáveis pelos pedaços de si.
Seus companheiros: mortos ou expulsos pelos monstros de seus erros.
Não sabia viver, não sabia cuidar.
Talvez não quisesse aprender a língua injusta dos homens.
Queria ter um lugar para onde pudesse voltar, um lugar só
dela, onde seus pensamentos navegassem em paz.
Mas havia uma tempestade em sua pequena cabeça.
Trovões e relâmpagos intrusos, jogando-a contra pedras em ilhas incertas.
Roubando-a de si na menor oportunidade."