Eu era (e ainda sou) minha protagonista no teatro da vida. Com a sutil diferença que, nesse "era" eu não era exatamente personagem, mas sim uma atriz. Eu me erguia de manhã e uma densa mistura de cenas e regras de encenação construíam meu script, ditando como eu devia desempenhar meu papel, dando-me então uma personagem para ser, invés de tornar-me uma. Todos somos atores e atrizes, porém não sei qual a porcentagem dos que se tornam personagens e os que apenas representam. Bem, voltemos a mim, porque houve um momento que deixei de representar.
Não existem mudanças súbitas, é necessário um impulso do mundo externo e uma complexa reestruturação interna. A análise foi meu fator principal, enquanto eu procurava perguntas nas respostas. Quando eu não encontrava respostas para essas perguntas, eu voltava as respostas que lhe originaram e descobria uma ambiguidade. Eu sei, parece um monte de informações jogadas ao vento.
Nós somos seres tão complexos que esquecemos o poder da simplicidade.
domingo, 29 de abril de 2012
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Ausência²
E então... Passei uma semana sem internet ou celular por motivos de força maior e acabei não escrevendo a continuação da história dos caçadores. Sinto muito. Eu não escrevi absolutamente nada, fiquei sem música também e, mesmo que ainda tivesse lápis e cadernos, faltou-me inspiração. Esse fim de semana também tenho uns assuntos pendentes a tratar agora que voltei, não sei se poderei escrever. Qualquer coisa, posto aqui e, mais uma vez, paciência!
sábado, 7 de abril de 2012
Um encontro de irmãos - II
(Antes)
"Os dois entraram numa loja de conveniência de um posto de gasolina não muito longe dali. O homem velho próximo a uma das bombas olhou para eles com uma cara feia e entrou junto, indo atendê-los atrás do balcão. Cramer impressionou-se quando Lucy disse ter mantido a promessa de nunca beber e comprou uma cerveja só para si. Deu uns trocados a mais para que o velho não os incomodasse. Eles se encostaram um ao lado do outro na parede lá fora, admirando o céu poluído e suas poucas estrelas, como sempre gostaram de fazer.
- Muitas vezes eu tentei acreditar que te veria de novo. – confessou a pequena, olhando-o de relance a tomar um gole. – Achei até que havia morrido.
- Quase morri, muitas vezes. Achei que você seguiria outro rumo, longe dessas coisas.
Um curto silêncio dominou o espaço entre o casal. Por um instante ela pensou que ele estivesse brincando, subestimando-a. Porém Cramer estava sério, ele se preocupou. Era ela quem mesmo agora mal via os perigos do caminho que escolhera trilhar.
"Os dois entraram numa loja de conveniência de um posto de gasolina não muito longe dali. O homem velho próximo a uma das bombas olhou para eles com uma cara feia e entrou junto, indo atendê-los atrás do balcão. Cramer impressionou-se quando Lucy disse ter mantido a promessa de nunca beber e comprou uma cerveja só para si. Deu uns trocados a mais para que o velho não os incomodasse. Eles se encostaram um ao lado do outro na parede lá fora, admirando o céu poluído e suas poucas estrelas, como sempre gostaram de fazer.
- Muitas vezes eu tentei acreditar que te veria de novo. – confessou a pequena, olhando-o de relance a tomar um gole. – Achei até que havia morrido.
- Quase morri, muitas vezes. Achei que você seguiria outro rumo, longe dessas coisas.
Um curto silêncio dominou o espaço entre o casal. Por um instante ela pensou que ele estivesse brincando, subestimando-a. Porém Cramer estava sério, ele se preocupou. Era ela quem mesmo agora mal via os perigos do caminho que escolhera trilhar.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Um encontro de irmãos
Finalmente trago um texto... quase completo para vocês. Agradecimento especial ao Helton Matiazi pela colaboração, e espero que gostem!
"Ele acariciou o rosto dela. Armas famintas acariciavam a pele fria dos dois amantes que se envolviam em um abraço delicado, ela, apontando para baixo do pulmão dele, e ele, segurando a glock no pequenino ouvido esquerdo de sua pupila. Além disso, é claro, existiam também meigos sorrisos, infestados de segundas intenções junto de olhares vorazes. O casal mataria literalmente a saudade.
"Ele acariciou o rosto dela. Armas famintas acariciavam a pele fria dos dois amantes que se envolviam em um abraço delicado, ela, apontando para baixo do pulmão dele, e ele, segurando a glock no pequenino ouvido esquerdo de sua pupila. Além disso, é claro, existiam também meigos sorrisos, infestados de segundas intenções junto de olhares vorazes. O casal mataria literalmente a saudade.
- Ficaremos aqui para sempre. – ela formou um biquinho
brincalhão.
Ele sorriu e inclinou o rosto para frente, beijando com
suavidade seus lábios macios. Ela puxou a arma apontada para sua cabeça e o
homem a soltou sem se importar, mas fazendo o mesmo com a que a garota
segurava. Ambos deixaram-nas caírem no chão.
- Espertinha... – ele sussurrou, fitando-a com os olhos
semicerrados.
Cramer e Lucy se abraçaram, esmagando no encontro dos corpos
a distância cultivada por tantos anos. Mestre e aprendiz agora eram iguais
pelos becos da noite, como assassinos de aluguel da mais perigosa sociedade: os
bastidores do mundo humano...
terça-feira, 3 de abril de 2012
The Hollow - A Perfect Circle
"Run desire, run devour
Run desire, run devour
Screaming feed me here
Fill me up again
Temporarily pacifying
Run devour, run desire
Move and conquer, run devour
Screaming feed me here
Fill me up again
Temporarily pacify this hungering
'Cause it's time to bring the fire down
Bridle all this indiscretion
Long enough to edify
And permanently fill this hollow..."
Run desire, run devour
Screaming feed me here
Fill me up again
Temporarily pacifying
Run devour, run desire
Move and conquer, run devour
Screaming feed me here
Fill me up again
Temporarily pacify this hungering
'Cause it's time to bring the fire down
Bridle all this indiscretion
Long enough to edify
And permanently fill this hollow..."
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